Narrativas Interativas: O Storytelling como Ferramenta no Design de Apps Médicas
O uso de narrativas para envolver e informar é uma prática tão antiga quanto a comunicação humana. Na área da saúde, a aplicação de storytelling teve início com a utilização de histórias para educar e orientar os pacientes e profissionais de saúde. Durante o século XX, campanhas de saúde pública, como as de combate ao tabagismo ou conscientização sobre o HIV/SIDA, utilizaram narrativas para criar mensagens de alerta impactantes.
Com o avanço da tecnologia, o storytelling migrou para plataformas digitais. A criação de sistemas de e-learning para profissionais de saúde no final do século XX e início do século XXI incorporou elementos narrativos para tornar o processo de aprendizagem mais envolvente e eficaz.
Entretanto, o storytelling tem demonstrado que a sua influência pode melhorar a adesão ao tratamento e a compreensão do paciente em aplicações digitais para o sector da saúde. Um exemplo é o aplicativo MySugr, desenvolvido para pacientes com diabetes, que utiliza narrativas gamificadas, permitindo que os utilizadores interajam com a “monstruosidade do diabetes”. Essa abordagem transforma uma condição potencialmente assustadora em algo mais controlável e compreensível.
Outro caso relevante é o projeto Re-Mission, um jogo desenvolvido para jovens com doenças oncológicas. Através de uma narrativa interativa, o jogo permite que os utilizadores “combatam o cancro” dentro do corpo. Estudos demonstraram que o uso do Re-Mission aumentou significativamente a adesão ao tratamento, mostrando o poder das narrativas no comportamento dos pacientes.
Interação adequada para promover envolvimento e confiança
No design de apps para a saúde, o storytelling não é apenas uma ferramenta criativa, mas uma estratégia fundamental para promover envolvimento e confiança. A crescente digitalização dos cuidados de saúde trouxe novos desafios, incluindo a necessidade de tornar informações complexas acessíveis a diferentes públicos.
A Everythink tem explorado esta tendência ao integrar storytelling interativo no desenvolvimento de aplicações médicas. A abordagem centra-se em criar experiências que colocam o utilizador como protagonista. Por exemplo, ao desenhar um app para monitorização de tratamentos, o design não se limita a exibir dados, mas também a apresentar uma narrativa, que pode simplesmente ser visual, onde o utilizador vê o impacto positivo das suas escolhas na sua saúde, promovendo motivação e adesão.
Uma narrativa em tempo real
O futuro do storytelling no design de apps médicas aponta para narrativas ainda mais personalizadas e interativas. A integração de inteligência artificial e big data permitirá criar experiências narrativas adaptadas ao histórico de saúde de cada utilizador. Além disso, será possível adaptar a narrativa em tempo real com base em dados biométricos, ajudando os utilizadores a compreender melhor o impacto das suas ações a cada momento.
A Everythink pretende continuar a explorar estas oportunidades, colaborando com profissionais de saúde e developers para criar soluções centradas nas necessidades humanas. Ao combinar design interativo, storytelling e tecnologia de ponta, pode-se redefinir a relação entre os utilizadores e as soluções médicas.
Conclusão
Em resumo, o storytelling como ferramenta no design de apps para o sector da saúde transcende a mera apresentação de dados, transformando interações em experiências significativas. Com histórias bem desenhadas, estas apps podem promover empatia, motivação e adesão, garantindo que a tecnologia não seja apenas funcional, mas também humana. A Everythink continuará empenhada neste campo, mostrando como a combinação de narrativas e design pode transformar a saúde digital e contribuir para o bem-estar e qualidade de vida das pessoas.
